terça-feira, 21 de agosto de 2012

Casa edificada na rocha

E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Mateus 7:25
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Jesus, no capítulo 7 de Mateus fala sobre a casa edificada na areia e a casa edificada na rocha. Está é uma parábola que pode nos ensinar muito sobre o agir de Deus e principalmente, onde devemos estar firmados. Nós somos a casa de Deus, nós somos casas de oração, portanto, nós devemos estar firmados na rocha para permanecer firme e inabalável no dia mau.
Ficar firme e inabalável pode parecer algo tão difícil quando estamos passando por dificuldades, provações e principalmente naquele momento que parece que Deus se distanciou de nós. Falamos, oramos, choramos e não há nada mais do que silêncio. A caminhada é complicada, porém temos o consolo de ter o Espírito Santo em nós nos guiando a cada dia. Mas para entendermos mais dessas situações que vivemos, vamos refletir sobre a construção de uma casa nova.
Imagine uma casa velha, com o telhado furado, paredes rachadas, a estrutura comprometida, adianta tentar arrumar? Não, é exatamente como Jesus disse em Marcos 2:21: “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo”. Assim é com uma casa condenada, não adianta tentar reformar, o único jeito e derrubar e construir novamente. Quando permitimos que Jesus entre em nosso coração como Senhor e Salvador, nossa casa está caindo, então ele entra derrubando tudo que há pela frente, para construir uma casa firmada na rocha.
Mas o trabalho não acaba com a demolição da casa, para construir é necessário limpar o terreno, tirar todo o entulho, tudo aquilo que pode atrapalhar a nova construção, depois é necessário preparar o solo e cada solo tem um tratamento diferente. Então, só depois de tudo isso, que o fundamento começa a ser feito e a única maneira de fazer o fundamento da casa é cavar e cavar, o quanto for necessário até que a rocha seja encontrada. Para quem entende de engenharia e arquitetura, sabe que a etapa do fundamento é a mais demorada, a mais cara e a que exige mais mão de obra. E até mesmo quem trabalha nela, não tem noção do projeto, apenas o criador.
Assim é nossa vida. Deus, para completar sua obra, precisa limpar e limpar o nosso coração, depois preparar a terra e começar a cavar para criar o fundamento e aí sim, construir a casa. Uma casa nova, edificada na rocha. Este processo é muitas vezes doloroso, não entendemos o porquê, queremos respostas, mas Deus é o criador do projeto, somente ele sabe o que é necessário fazer para que sua obra seja completa em nossa vida e possamos desfrutar de sua plenitude com sabedoria e prudência. Ninguém dá um carro para uma criança, pois ela precisa crescer, amadurecer, ter condições físicas e psicológica para dirigir, assim, Deus não pode nos dar o que pedimos, antes de tratar o nosso coração, nos ensinar a caminhar em sua vontade e principalmente, buscar unicamente a sua vontade e não a nossa.
Não desista da sua caminhada por mais difícil que possa parecer, por mais que você não consiga ver a salvação, continue buscando a Deus, continue buscando ter santidade, estude a Bíblia dia e noite, leia os Salmos para se fortalecer, como o Salmo 139. Deus é socorro na hora presente, ele não falha e nem tarda. Vem no momento certo e faz o impossível acontecer. Satanás veio para matar, roubar e destruir e ele vai tentar o tempo todo lançar pensamentos de derrota em sua mente. Não aceite, cubra-se com a armadura de Deus com ensina em Efésios 6 e fique firme. Ao conquistar a vitória, você verá como foi necessário cada provação para você poder estar onde Deus quer que você esteja.
“Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos. Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para ele sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei. Isaías 55:8-11”.
Fernanda M. Terra
http://guardandoapalavra.wordpress.com/

domingo, 19 de agosto de 2012

A quem você é fiel, a Deus ou aos homens?


A quem você é fiel, a Deus ou aos homens?Muito se fala de fidelidade a Deus em nossos dias. Inclusive, há pessoas que batem no peito e dizem que são fiéis a Deus, independente da situação que vierem a enfrentar. No entanto, eu pergunto o seguinte: “A quem nós estamos sendo fiéis: a Deus ou ao homem?” Para respondermos esta indagação, analisemos os três pontos que serão citados abaixo.

Quando o líder da sua igreja (presbítero, pastor, bispo, apóstolo, reverendo) fala alguma heresia, que seja contrária as Escrituras Sagradas, o que você faz? Você faz de conta que nada aconteceu ou questiona o falso ensino? Se você age como se nada tivesse acontecido, então, você está sendo mais fiel ao homem do que a Deus. Não devemos aceitar falsas doutrinas, como podemos ver em Gálatas 1:8,9 e em 2 João 9,10.

Atualmente, estamos vivendo uma verdadeira avalanche de “objetos ungidos” dentro das igrejas evangélicas, como se estes objetos fossem capazes de resolver todos os problemas, da mesma forma como Deus é capaz de fazer. E o pior é que estes “objetos ungidos” custam e custam caro. Quando o líder de sua igreja ensina que os “objetos ungidos” são capazes de trazer a solução de seus problemas, o que você faz? Você questiona o seu líder, mostrando que quem resolve os problemas é Deus e não o “objeto ungido”? Ou você aceita esta macumbaria evangélica, sem se incomodar com isso? Se você aceita tudo de bom grado, então você está sendo mais fiel ao homem do que a Deus. A Bíblia diz que Deus é Todo-Poderoso e somente Ele. Somente Deus pode trazer a solução para os seus problemas. Objeto ungido não é Deus para trazer solução para sua vida. Então, permitir que estes “objetos ungidos” tomem o lugar de Deus em sua vida é pecado e é um pecado dos grandes. Somente Deus deve ser o Senhor da sua vida e ninguém mais.

Quando o líder de sua igreja faz algo ilícito, como, por exemplo, usar o dinheiro dos dízimos e das ofertas de uma forma inapropriada, o que você faz? Você não liga para isto ou exige uma retratação por parte do seu líder? Se você não liga, então você está sendo mais fiel ao homem do que a Deus, pois, a Bíblia diz que não podemos compactuar com as obras infrutíferas das trevas e desvio de dízimos e ofertas é uma obra das trevas, que entristece o coração do nosso Deus. Uso ilícito do dinheiro da igreja é um grande pecado e infelizmente, isto tem acontecido com certa frequência no meio evangélico.

Irmãos, quem verdadeiramente é fiel a Deus, não aceita heresias, não substitui a presença de Deus pelos “objetos ungidos”, nem admite o uso indevido das ofertas e dízimos da igreja. Quem é de Cristo se indigna com o pecado e com a corrupção. Os profetas de antigamente denunciavam o pecado e não tinham medo disto. E você? Você se indigna contra o erro e o pecado ou aceita a ambos, de bom grado. Pense nisso, e veja a quem você é fiel? A Deus ou ao homem? Espero que tenham gostado desta breve reflexão e até a próxima oportunidade, se Deus assim quiser.

FONTE: Gospel +
 

sábado, 18 de agosto de 2012

O Evangelismo é a tarefa mais importante da Igreja?


O Evangelismo é a tarefa mais importante da Igreja?É muito comum o apelo ao evangelismo como solução para resolver problemas de uma determinada igreja, sobretudo os relacionados a pouca freqüência da membresia nos cultos ou mesmo a diminuição dela. Não são poucas as igrejas (e eu já vi isso em mais de uma) que, ao constatarem tais problemas, conclamam um “avivamento” que redunde em mais evangelismo, pessoal ou em massa. No entanto, as perguntas que me faço são as seguintes: o evangelismo é a tarefa mais importante da igreja? O abandono da fé por alguns ou a troca de congregação ou denominação por outros estão associados à falta de evangelismo?

Antes de prosseguir, a resposta que penso para a pergunta que intitula esse artigo é a de que o Evangelismo é, sim, uma tarefa indispensável à Igreja. É também importante, mas não a única. Para que o Evangelismo produza resultados, algumas outras tarefas devem existir e funcionar bem dentro da igreja como condição ao sucesso dessa empreitada. O objetivo deste artigo é discutir a importância do ensino, da comunhão, da adoração, da oração e do serviço na igreja como apoio ao evangelismo.

O texto base é o do final do capítulo 2 de Atos, que revela-nos o propósito da reunião da igreja que ali se desenvolvia, após a descida do Espírito Santo. É sabido que a igreja de Atos foi uma igreja fortemente missionária, em clara resposta à grande comissão ensinada por Jesus, apesar da severa perseguição a que estava exposta, tanto dos judeus como do Império Romano. A questão é tentarmos entender o que a tornava tão consciente de suas funções. Eis o texto:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Atos 2:42.

A necessidade do ensino

Havia um enorme desejo de se aprender o que os apóstolos tinham a ensinar e isso resultava em forte entendimento de salvação e da Graça por partes dos cristãos primitivos. Em sua época não havia o Novo Testamento e o ensino era baseado na Escritura (Velho Testamento) e nas palavras de Jesus. Hoje temos a Bíblia, fonte única de ensino e conhecimento de Deus, contendo todos esses ensinos. O texto cita o ensino como a primeira atitude obviamente porque não é possível imaginar uma igreja saudável que não ama as verdades do Evangelho e que não tenha sido transformada por elas.

Voltando ao propósito do artigo, como podemos encarar o evangelismo como a solução dos problemas de uma congregação onde o ensino é desprezado e as verdades da Bíblia, rejeitadas? Qual mensagem será levada ao não convertido em um panorama desses? E se, mesmo assim, ele aceitar a convivência com a igreja, como será garantida a conversão e transformação dele sem o verdadeiro ensino bíblico (1)?

Logo, é impensável um evangelismo dissociado do ensino e do estudo sério da Palavra de Deus. A mensagem do Evangelho deve chegar ao ímpio. E ao responder positivamente a ela, ele deve encontrar um ambiente de ensino dentro da igreja para que sua fé se desenvolva.

A Comunhão

A transformação experimentada pelo ensino resultava em pessoas de diferentes características compartilhando a mesma fé e a mesma esperança – a volta de Jesus – gerando edificação e crescimento na igreja. Os primeiros capítulos de Atos tratam de problemas que surgiram ali, mas nada que impedisse os cristãos quanto ao seu papel.
Será traumático para o novo convertido crescer em um ambiente hostil e dividido, com facções. A recomendação da Bíblia para ter os olhos fitos em Jesus será afetada e, certamente, ele tenderá a algum grupo. A longo prazo, haverá desentendimentos e ressentimentos, levando alguns a deixar a igreja local, inclusive aquele membro que a igreja evangelizou.

Antes de qualquer iniciativa evangelística, é necessário que a igreja olhe para si e tenha uma noção do que o novo convertido irá receber dela, a curto e longo prazo. Se o que a igreja tem a oferecer não for saudável, em termos de comunhão, ao seu crescimento, a campanha poderá desmoronar, apesar do bom treinamento daqueles que irão evangelizar e discipular o novo membro.

Adoração

Há quem defenda que o “partir do pão” presente no texto em questão se referia à prática visível da comunhão, com refeições diárias nas casas uns dos outros. No entanto, há a explicação de que esse texto refere-se também à celebração da ceia, conforme ensinou Jesus. Como a comunhão já foi comentada, vou focar a questão da celebração.
A celebração da ceia é, além de um sacramento, uma atitude de gratidão e profundo reconhecimento da obra de Cristo e o que ele garantiu a nós com ela. Ela nos lembra da nova aliança inaugurada por Jesus por meio do seu sofrimento, morte e ressurreição. Sua prática deve ser precedida por um entendimento bíblico da salvação, caso contrário ela torna-se um mero formalismo.

Isto posto, além do ensino e da comunhão, a igreja deve ser uma comunidade de celebração, onde as verdades da Graça e do Amor de Deus impulsionam a igreja, e os membros individualmente, a uma vida de adoração e constante alegria pela nova vida operada pelo Espírito Santo no pecador. E essa adoração como estilo de vida, por meio de atitudes e conduta que glorificam a Deus em todas as áreas da vida do convertido.

Uma igreja que perde o gozo pela salvação consumada por Cristo perde também a real motivação de um culto a Deus. Em vez de ser uma reunião de salvos celebrando uns com os outros a Jesus por seu amor, o culto, na verdade, transforma-se numa reunião social, rotineira e fria. No que diz respeito ao evangelismo, não é possível oferecer a salvação em Cristo a não convertidos quando a alegria por possuí-la está apagada.

O serviço

Permita-me inserir o versículo 35 do capítulo 4 nesse comentário:

“E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha”

Um dos desdobramentos da comunhão é o serviço ao próximo, como resultado do amor em nós gerado por Cristo. As necessidades de toda a igreja eram conhecidas por todos, dando-lhes um profundo senso de responsabilidade para com o próximo. Ou seja, a comunhão funcionava plenamente, e não apenas em cumprimentos rápidos ou forçados durante o culto por meio de petições de pregadores ou cantores. Além disso, o serviço demonstra que a comunhão entre os irmãos sai das quatro paredes do templo e atinge a vida diária do membro. Diáconos – aqueles que efetivamente servem – devem ser todos os cristãos. A quem servir? A igreja, o pastor e o próximo porque isso se constitui serviço a Deus. Como bem disse Dietrich Bonhoeffer, a Igreja só é Igreja quando existe para os outros.

A igreja deve estar atenta a esse aspecto e o novo convertido deve receber condições de crescer na graça e no conhecimento. E o serviço prestado a ele, seja de qual natureza for, é essencial.

A oração

Um dos aspectos importantíssimos para a igreja é a prática constante e bíblica da oração. E essa prática deve demonstrar que a mesma igreja depende de Deus para o suprimento de suas necessidades, para obter conhecimento dele através da sua Palavra e para cumprir seu papel como espelho de sua glória para o mundo.

A igreja de Atos era uma igreja de oração. Ela era o meio pelo qual levava a Deus as afrontas e perseguições que recebia para obter dele livramento. Isso é dependência.7

Além disso, era uma igreja que nutria e mantinha uma comunhão com Deus através da prática da oração individual e coletiva, conforme vemos no episódio da libertação de Pedro. Esses princípios devem ser ensinados ao novo convertido. Mas antes, esse ensino deve ser acompanhado da oração na prática, vivida pelos membros e praticada publicamente.

Conclusão

Uma igreja avivada é uma igreja que prega o evangelho e ganha almas. Mas é também uma igreja que ama e ensina as verdades da Palavra de Deus; que busca e aperfeiçoa a comunhão com Deus e com os irmãos; que vive e celebra as conquistas de Jesus para nós, através de sua vida e obra; que é guiada pela vontade de Deus e a conhece, também, por meio da oração.

Esses entendimentos devem nos levar a certeza de que o evangelismo não pode ser entendido como a soluçãopara os conflitos internos da congregação e seus problemas. O evangelismo é a conseqüência de uma igreja já está em plenas condições de fazer novos discípulos, dando-lhes condições, em seu seio, de dar frutos; ele éconseqüência também de uma igreja que entende seu papel perante a “nuvem de testemunhas” que a rodeia, vivendo a diferença e a transformação que somente cristo pode oferecer.

(1) – Verdadeiro ensino bíblico é aquele que expõe fielmente as verdades da Bíblia, possibilitando ao pecador conhecer sua necessidade de Deus e poder enxergar Jesus como seu único salvador. O falso é aquele que se vale de alguns textos bíblicos para impor ao novo convertido um conjunto de regras abraçado pela congregação e dar a elas um falso valor salvífico.

Por Tiago Lino Henriques
FONTE: P.I. Batista Renovada - Ribeirão Preto/SP