segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A VERDADE QUE LIBERTA DO PECADO

Texto Bíblico: "Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele. Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" (João 8:31,32 e 36).

Jesus nunca encorajou seus discípulos a porem sua confiança numa fé ou experiência passadas. É somente quando "vós permanecedes na minha palavra", que é possível ter a certeza da salvação.
No contexto da existência e conhecimento humanos, muitas coisas são verdadeiras. Há, no entanto, uma só verdade que libertará as pessoas do pecado da destruição e do domínio de satanás - a verdade de Jesus Cristo, que se acha na Palavra de Deus. Seguem-se algumas citações a respeito desta verdade:
(1) As Escrituras, especialmente a revelação original de Cristo e dos apóstolos do Novo Testamento, dão testemunho da verdade que nos liberta do pecado, do mundo e do poder demoníaco.
(2) Não é necessário mais revelações de "verdades" para completar o Evangelho de Cristo, ou para torná-lo mais adequado.
(3) A verdade salvífica é revelada da parte de Deus somente "pelo seu Espírito", não procede de nenhuma pessoa, nem da sabedoria humana. O não salvo é escravo do pecado. Sobre isso o apóstolo Paulo escreveu o seguinte: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum! Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imudícia e à maldade para a maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para a santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6:12-23).
O verdadeiro cristão, salvo em Cristo com a graça acompanhante do Espírito Santo que nele habita, é livre do poder do pecado. Quando tentado a pecar, ele agora tem o poder de agir de conformidade com a vontade de Deus. Está livre para tornar-se servo de Deus e da justiça.
A libertação da escravidão do pecado é um critério seguro para o cristão professo testar e comprovar se a vida eterna habita nele com a sua graça regeneradora e santificadora. Quem vive como escravo do pecado, ou nunca experimentou o renascimento espiritual pelo Espírito Santo, ou experimentou a regeneração espiritual, mas cedeu ao pecado e voltou à morte espiritual, a qual leva à escravidão do pecado e permanece nessa condição, revela que ainda não nasceu do Espírito e está sob a influência de satanás, como seu pai espiritual e nhão pode entrar no Reino de Deus.
Não se quer dizer com isso que os cristãos estão livres da guerra espiritual contra o pecado. Durante nossa vida inteira, teremos de lutar constantemente contra as pressões do mundo, da carne e do diabo. A plena liberdade da tentação e da atração do pecado terá lugar somente com a redenção completa, quando da nossa morte, ou da volta de Cristo para buscar os seus fiéis. O que Cristo nos oferece agora é o poder santificador da sua vida, mediante o qual aqueles que seguem o Espírito são libertados dos desejos e paixões da carne e capacitados a viverem como santos e inculpáveis diante dEle, em amor.

Jesus o abençoe ricamente.

Pastor Lauro Cabral

Deus não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar

"Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia. Não veio sobre vós tentatação, senão humana, mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também escape, para que possais suportar" (I Co 10.12-13).

Os israelitas, como eleitos de Deus, pensavam que poderiam entregar-se, sem perigo, ao pecado, à idolatria e à imoralidade; porém, foram julgados. Assim também, os "coríntios", da atualidade, que acreditam que podem viver satisfazendo os desejos da carne, devem se dar conta de que o juízo divino também os aguarda, caso não abandonem esses pecados.
O cristão professo não pode justificar seu pecado com a desculpa de que ele simplesmente é humano e, portanto, imperfeito, e que neste mundo todos os cristãos nascidos de novo pecam por palavras, pensamentos e ações. Paulo assegura aos coríntios que nenhum cristão precisa cair da graça e da misericórdia de Deus.
O Espírito Santo afirma explicitamente que Deus concede aos seus filhos graça sufuciente para vencer todas as tentações e, assim, resistir ao pecado. A fidelidade de Deus expressa-se de duas maneiras: (a) Ele não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar; e, (b) Ele, ocorrendo a tentação, proverá os meios de a suportarmos e vencermos o pecado.
A graça de Deus, o sangue de Jesus Cristo, a Palavra de Deus, o poder do Espírito Santo que em nós habita e a intercessão celestial de Cristo proporcionam poder suficiente para a guerra do cristão contra o pecado e contra as hostes espirituais da maldade.
Se o cristão se entrega ao pecado, não é porque a graça divina é insuficiente, mas porque ele deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus próprios desejos pecaminosos. Deus, com "o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade"; e, pela salvação concedida por Cristo, podemos "andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra...corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória em toda a paciência e longanimidade, com gozo". Podemos "suportar" toda a tentação e "escapar", se realmente desejarmos assim fazer, na dependência da fidelidade e do poder de Deus.

Jeus o abençoe ricamente

Pr. Lauro Cabral

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Regeneração

Texto bíblico: Em João 1:1-8 lemos: "E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito".

Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração, ou o novo nascimento espiritual. Sen o novo nascimento, ninguém poderá ver o Reino de Deus, isto é, receber a vida eterna e a Salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.
(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa, efetuadas por Deus e o Espírito Santo. Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é concedida ao cristão, e este se torna um filho de Deus e uma nova criatura. Já não se conforma com este mundo, mas é criado segundo Deus "em verdadeira justiça e santidade" (Ef. 4:24).
(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe.
(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo. Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito. Vive uma vida de retidão, ama aos demais cristãos, evita uma vida de pecado e não ama o mundo.
(5) Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida. Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal, mediante uma comunhão profunda com Cristo e a dependência do Espírito Santo.
(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo.
(7) Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: "Se viverdes segundo a carne, morrereis".
O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o Salvo é questão do espírito e não da carne. Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra. Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros.

Jesus o abençoe.

Pr. Lauro Cabral