segunda-feira, 16 de março de 2009

Jesus Cristo é o único e grande alicerce da igreja

Texto bíblico: "E chegando Jesus às partes de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns, João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse-lhe: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Respondeu-lhe Jesus: Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." (Mateus 16.13-19).

As "portas do inferno" representam satanás e todo o mau no mundo, lutando para destruir a igreja do Senhor Jesus Cristo.
Este texto não quer dizer que nenhum cristão como pessoas humana, igreja local, confederação de igrejas ou denominação cristã, jamais chegará a cair na imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio Jesus predisse que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé neotestamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu reino. A promessa do versículo dezoito do texto em questão não se aplica aqueles que negam a fé, nem às igrejas mornas.
O que Cristo quer dizer é que, a pesar de satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os cristãos, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no Reino de Deus, a igreja não será destruída. Deus, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um remanescente de cristãos e de igrejas que, no decurso de toda a hitória da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de Cristo e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de Cristo e o poder do Espírito Santo. Como o povo genuíno de Deus, esses cristãos demonstrarão o poder do Espírito Santo contra satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças do mau. É essa igreja que satanás com todas as suas hostes não poderá destruir nem resistir.
O significado desta passagem de Mateus 16.18 é que Cristo edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão feita pelo apóstolo Pedro e os demais discípulos, isto é, que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Jesus emprega um trocadilho. Ele chama seu discípulo de "Pedro" (gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou rochedo) edificarei a minha igreja, isto é, sobre a confissão feita por Pedro.
É Jesus Cristo que é a pedra (I Coríntios 3.11). Pedro declara que Jesus é a "pedra viva...eleita e preciosa...a pedra que os edificadores reprovaram" (I Pedro 2.4,6,7; Atos 4.11). Pedro e os demais discípulos são "pedras vivas" como parte da estrutura da casa espiritual (a igreja) que Deus está edificando (I Pedro 2.5).
Em lugar nenhum as Escrituras declaram que Pedro seria a autoridade suprema e ifalível sobre todos os demais discípulos (Atos 15; Gálatas 2.11). Nem está dito, também, na Bíblia que Pedro teria sucessores infalíveis, representantes de Cristo e cabeça da igreja. Tais idéias são injunções do homem e não é verdade das Escrituras Sagradas.
As "chaves" representam a autoridade que Deus delegou a Pedro e à igreja. Estas chaves são usadas para:
(1) Repreender o pecado e levar a efeito a disciplina eclesiástica;
(2) Orar de modo eficaz em prol da causa de Deus na terra;
(3) Dominar as forças do mau e libertar os cativos;
(4) Anunciar a culpa do pecado, o padrão divino da justiça e o juízo vindouro; e,
(5) Proclamar a salvação e o perdão dos pecados para todos quantos se arrependem e crêem em Cristo.
Jesus prometeu aos genuinos cristãos autoridade sobre o poder de satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do Espírito Santo. Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas e declarar guerra contra satanás segundo o propósito de Deus, ir onde satanás está (qualquer lugar onde ele tem fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra de Deus, destruir suas armas de engano e tentação demoníacos, apoderar-se de bens ou posses, isto é, libertando os cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão e santrificação mediante a fé em Cristo.

Pastor Lauro Cabral

domingo, 8 de março de 2009

Quando você estiver em aperto, busque o Senhor e sua Palavra

Em Salmo 119.49 e 50 se lê: "Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.
Isto é a minha consolação na minha angústia, porque a tua palavra me vivificou".

Deus estabeleceu que a sua Palavra, poderosa que é mediante o Espírito, traga consolação, esperança e fortaleza aos seus fiéis, ao enfrentarem aflições e tristezas. Sendo a Palavra de Deus viva (Hb 4.12), tem poder para vivificar e restaurar a quem permanece nela e em Deus (Jo 14.27). Quando você estiver em aperto, busque o Senhor e sua Palavra, e espere que o Espírito Santo conceda paz ao seu coração.
Quando invocamos a Deus, com um coração posto em Cristo e na sua Palavra, a paz de Deus transborda em nossa alma aflita.
- Essa paz consiste em uma tranquilidade interior, que o Espírito Santo nos transmite. Envolve uma firme convicção de que Jesus está perto, e que o amor de Deus estará ativo em nossa vida continuamente.
- Quando colocamos diante de Deus, em oração, as nossas inquietações, essa paz ficará como guarda à porta de nosso coração e de nossa mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem-nos a vida e a esperança em Cristo.
- Se o medo e a ansiedade retornarem, novamente a oração, a súplica e a ação de graças nos trarão a paz de Deus que guarda os nossos corações. Voltaremos a sentir segurança, e nos regozijaremos no Senhor.

Pastor Lauro Cabral

A fé inclui obediência a Cristo e à sua Palavra

Em Mateus 7.21 lemos: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus. Mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus."

Cumprir a vontade de Deus é uma condição prévia essencial para a entrada no Reino dos céus.
A obediência à vontade de Deus, requerida por Jesus Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas o Senhor Jesus Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus o cristão deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. A fé inclui obediência a Cristo e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a Deus e pela obra regeneradora do Espírito Santo em nós. É a "obediência que provém da fé", logo, fé e obediência são inseparáveis. A fé salvífica sem uma busca dedicada à santificação é ilegítima e impossível. Esse fato é visto nas muitas exortações para que o servo de Deus mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo. O cristão pode fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, isto é, a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram "Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus...Porque somos feitura sua." (Efésios 2.8-10).
Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isso é atribuído à ação redentora de Deus. "Porque Deus é o que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade." A graça de Deus opera nos seus filhos, para produzir neles tanto o desejo quanto o poder para cumprir a sua vontade. Mesmo assim, a obra de Deus dentro de nós não é de compulsão, nem de graça irresistível. A obra da graça dentro de nós sempre depende da nossa fidelidade e cooperação. Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas. O cristão deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência, todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo, e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida.
Devemos descobrir qual é a vontade de Deus, conforme revelada nas Escrituras. Como os dias em que vivemos são maus, temos de entender qual a perfeita e agradável vontade de Deus. Uma vez que já sabemos como Ele deseja como vivamos como cristãos, precisamos dedicarnos ao cumprimento da sua vontade.
Devemos desejar, com sinceridade, à perfeita vontade de Deus, e ter o propósito de cumpri-la em nossa vida e na vida de nossa família.
Não podemos usar a vontade de Deus como desculpa pela passividade, ou irresponsabilidade, no tocante à sua chamada para lutarmos contra o pecado e monirdão espiritual.

Pastor Lauro Cabral

sábado, 7 de março de 2009

A fé sem as obras nunca poderão estar separadas

Em Tiago 2.14-26 está escrito: "Meus irmãos que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morte em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem e estremecem. Mas ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado com justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes, então, que o homem é também justificado pelas obras e não somente pela fé. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta."

O texto trata do problema, sempre presente na igreja, daqueles que professam ter fé no Senhor Jesus Cristo, mas que, ao mesmo tempo, não demonstram pelas obras nenhuma evidência de devoção sincera a Ele e à sua Palavra. A fé salvífica é sempre uma fé viva que não se limita à mera confissão de Cristo como Salvador, mas que também nos leva a obedecê-lo como Senhor. Portanto, a obediência é um aspecto fundamental da fé. Somente quem obedece pode de fato obedecer ao Senhor Jesus Cristo.
Paulo em sua carta aos Romanos diz que: "a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é a única condição que Deus requer do pecador, para a salvação". A fé não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do cristão que quer seguir a Cristo como Salvador (Romanos 3.22). Tiago enfatiza o fato de que a verdadeira fé deve ser uma fé ativa, duradoura e que molde nossa própria existência.
A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de se expressar por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem a fé são mortas. A fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e atos compassivos para os necessitados. A fé que deixa de ama e obedecer a Cristo verdadeiramente, de demonstrar interesse genuino pela obra do Reino de Deus e de claramente resistir ao pecado e ao mundo não é fé salvífica. A fé salvífica não pode deixar de expressar-se em atos motivados pelo amor.
Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com Cristo a obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa. (Tiago 2.14-16, 20-24). O único tipo de fé que salva é "a fé que opera por caridade" (Gálatas 5.6).
Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços. A graça de Deus, o Espírito Santo que em nós habita e a intercessão sacerdotal de Cristo operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a Deus pela fé, do começo ao fim. Se deixarmos de ser receptivos à graça de Deus e à direção do Espíorito Santo, nossa fé sucumbirá.

Pr. Lauro Cabral