terça-feira, 25 de novembro de 2008

Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele quer de nós

ESTUDO BÍBLICO

Texto básico: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mais aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus".

INTRODUÇÃO
O cristão deve pedir continuamente a Deus a graça necessária para fazer a sua vontade e permanecer firme em seus caminhos. Esta oração é necessária, porque ninguém consegue permanecer fiel à Lei de Deus,sem a sua ajuda contínua e sem a obra do Espírito Santo em nosso interior.
Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus. Isto, no entando, não significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforços ou obras. Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
I - O perdão divino o homem obtêm mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós (ler Mt 26.28).
O perdão é uma necessidade porque todos pecaram, destruiram o seu relacionamento com Deus e estão sob a condenação (Rm 1.18-32). O perdão é o meio pelo qual esse relacionamento é restaurado (Ef 1.7; Cl 2.13). O perdão de Deus abrange:
- Não levar em conta o pecado cometido(Mc2.5; Jo 8.11);
- Salvar os pecadores do castigo eterno (Rm 5.9; I Ts 1.10);
- Aceitá-los (Lc 15.20ss);
- Libertá-los do domínio do pecado e levá-los para o reino de Cristo (Cl 1.13);
- Renovar a pessoa na sua totalidade e garantir-lhe a vida eterna (Lc 23.43; Jo 19.14b).
Para receber o pedão de Deus deve haver arrependimento, fé e confissão dos pecados (Lc 17.3,4; At 2.38; 5.31; 20.21; I Jo 1.9).
Para que Deus pudesse perdoar o pecado era preciso derramamento de sangue vicário (Hb 9.22). Daí, o nosso perdão depender da morte de Jesus na cruz (Mt 26.28; Jo 1.29; 3.16; Rm 8.32). O perdão divino é uma necessidade permanente para o cristão (pois ainda somos pecadores, para mantermos nosso relacionamento salvífico com Deus (Mt 6.12; 14.15; I Jo 1.9).
II - A obediência à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica contudente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o cristão deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. Esse fato é visto na Oração Dominical (Mt 6.9-13) e nas muitas exortações para que o cristão mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo (Rm 6.1-23; 8.1-17; 12.1,2).
III - O cristão pode fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, isto é, a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram: "Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus...Porque somos feitura sua" (Ef 2.8-10).
IV - CONCLUSÃO
Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isto é atribuído à ação redentora de Deus. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2.13). Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas. O cristão deve corresponder positivamente ao dom divino de obediência (Fp 2.12; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo (Hb 7.25), e para orar por uma vida de obediência e viver essa vida (Mt 5.6).

Pastor Lauro Cabral

domingo, 23 de novembro de 2008

O mundo é o grande opositor de Cristo e do seu povo

Em João 15.20,21 está escrito: "Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor.Se a mim me perseguiram, também vos pereseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa.
Mas tudo isso vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou".

Enquanto os seguidores de Cristo estiverem neste mundo, serão odiados, perseguidos, caluniados e rejeitados por amor a Ele. O mundo é o gande opositor de Cristo e do seu povo no decurso da história.
O verdadeiro cristão deve compreender que o mundo - inclusive as falsas igrejas e organizações religiosas - sempre se oporá a Deus e aos princípios do seu reino; assim, o mundo continuará sendo até ao fim, o inimigo e perseguidor dos cristãos fiéis.
A razão por que os cristãos sofrem é por serem basicamente diferentes; não são do mundo e foram escolhidos do meio "do mundo". Os valores, padrões e modo de viver dos fiéis, entram em conflito com os métodos iníquios da sociedade perversa em meio à qual vivem. Recusar qualquer transigência com os padrões ímpios, e, em contrário a isso, apegam-se às "coisas que são de cima e não nas que são da terra.

O cristão não está livre de problemas

Em Hebreus 13.5,6 se lê: "Sejam os vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E, assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o homem".

Quando a adversidade, as provações e os reveses abaterem-se na vida do cristão, Deus o soerge pela sua graça e faz serenar as aflições. Deus não garante que teremos aqui uma vida livre de problemas, mas promete, sim, que nos sustentará, e não importa o que acontecer. A Sagrada Escritura diz: "Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos; mas não desamparados; abatidos, mais não destruídos" (2 Co 4.8,9).
Se experimentarmos a presença de Cristo e o seu poder em nossa vida, absolutamente nenhuma aflição, perturbação, enfermidade ou tragédia provocará nossa derrota espiritual. Quando as circunstâncias exteriores se tornam insuportáveis e nossos recursos humanos se esgotam, os recursos divinos nos são dados, para aumentar e desenvolver nossa fé, esperança e força. Deus não abandonará seus filhos fiéis, em nunhuma circunstância.
Nenhum cristão deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar. Pelo contrário, nosso sofrimento como filhos de Deus, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e consolo de Deus. A Bíblia, nossa regra de fé e conduta, nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo (Rm 8.37-39). As aflições e as privações suportadas na vida dos que permanecem fiéis a Cristo, são leves em comparação com a abundância de glória que temos em Cristo. Essa glória já está parcialmente presente, mas só no futuro será experimentada plenamente. Quando alcançarmos a nossa herança no céu, poderemos dizer que as tribulações mais severas não eram nada em comparação com a glória do estado eterno. Não devemos, portanto, desesperar-nos, perder a esperança, nem deixar nossa fé diminuir, em meio aos nossos problemas.
Àqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e que um dia entrarão no Reino do Céu, hão de sofrer "muitas tribulações" ao longo do seu caminho. Por vivermos em meio a um mundo hostil, têm que se engajar na guerra espiritual contra o pecado e o poder de satanás. Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma contínua batalha contra os poderes do mal.
Os que são fiéis a Cristo, à sua Palavra e aos caminhos da justiça, terão problemas e aflições neste mundo. Somente o "cristão" morno ou meio termo viverá em paz com este mundo que jaz no malígno.
Angústias e aflições virão a todos nós em algum tempo nesta vida. Quando assim acontecer, nós, como cristãos, devemos nos fortalecer no Senhor, confiar nele como nosso refúgio e orar, crendo na veracidade da sua promessa de que nunca nos abandonará (Hb 15.5). Àqueles que firmemente confiam em Deus, Ele lhes dá força e graça suficientes para vencerem em tempos de aflição.
As Escrituras declaram que Deus tem cuidado de nós. Por isso, podemos dizer juntamente como o escritor de Hebreus, que brada com o salmista: "O Senhor é o meu ajudador e não temerei". Essa afirmação pode ser feita com confiança em tempos de necessidade, de aflição, de provações ou de adversidade.

Pastor Lauro Cabral