"Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia. Não veio sobre vós tentatação, senão humana, mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também escape, para que possais suportar" (I Co 10.12-13).
Os israelitas, como eleitos de Deus, pensavam que poderiam entregar-se, sem perigo, ao pecado, à idolatria e à imoralidade; porém, foram julgados. Assim também, os "coríntios", da atualidade, que acreditam que podem viver satisfazendo os desejos da carne, devem se dar conta de que o juízo divino também os aguarda, caso não abandonem esses pecados.
O cristão professo não pode justificar seu pecado com a desculpa de que ele simplesmente é humano e, portanto, imperfeito, e que neste mundo todos os cristãos nascidos de novo pecam por palavras, pensamentos e ações. Paulo assegura aos coríntios que nenhum cristão precisa cair da graça e da misericórdia de Deus.
O Espírito Santo afirma explicitamente que Deus concede aos seus filhos graça sufuciente para vencer todas as tentações e, assim, resistir ao pecado. A fidelidade de Deus expressa-se de duas maneiras: (a) Ele não permitirá que sejamos tentados além do que podemos suportar; e, (b) Ele, ocorrendo a tentação, proverá os meios de a suportarmos e vencermos o pecado.
A graça de Deus, o sangue de Jesus Cristo, a Palavra de Deus, o poder do Espírito Santo que em nós habita e a intercessão celestial de Cristo proporcionam poder suficiente para a guerra do cristão contra o pecado e contra as hostes espirituais da maldade.
Se o cristão se entrega ao pecado, não é porque a graça divina é insuficiente, mas porque ele deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus próprios desejos pecaminosos. Deus, com "o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade"; e, pela salvação concedida por Cristo, podemos "andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra...corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória em toda a paciência e longanimidade, com gozo". Podemos "suportar" toda a tentação e "escapar", se realmente desejarmos assim fazer, na dependência da fidelidade e do poder de Deus.
Jeus o abençoe ricamente
Pr. Lauro Cabral
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