terça-feira, 8 de março de 2011

Duas classes de pessoas

As Escrituras dividem todos os seres humanos em geral em duas classes: (1) O homem natural indicando a pessoa irregenerada, isto é, governada por seus próprios instintos naturais. Tal pessoa não tem o Espírito Santo, está sob o domínio de satanás e é escravo da carne com suas paixões. Pertence ao mundo, está em harmonia com ele e os seus caminhos; pelo contrário, depende do raciocínio ou emoções humanas. (2) O homem espiritual indica a pessoa regenerada, isto é, que tem o Espírito Santo. Essa pessoa tem mentalidade espiritual, conhece os pensamentos de Deus e vive pelo Espírito de Deus.Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir a orientação do Espírito que nele habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado. Aceitando pela fé a salvação em Cristo, a pessoa é regenerada; o Espírito Santo lhe confere uma nova natureza mediante a concessão da vida divina. Essa pessoa nasce de novo, é renovada, torna-se uma nova criatura e obtém a justiça de Deus mediante a fé em Cristo.
Embora o cristão nascido de novo receba a nova vida do Espírito, ele tem residente em si a natureza pecaminosa, com suas perversas inclinações. A natureza pecaminosa que no cristão existe, não pode ser mudada em boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder e graça do Espírito Santo. O cristão obtém tal vitória negando-se a si mesmo diariamente, deixando todo impedimento ou pecado, e resistindo a todas as inclinações pecaminosas. Pelo poder do Espírito Santo, o próprio cristão guerreia contra a natureza pecaminosa e diariamente a crucifica e a mortifica. Pela abnegação e submissão à obra santificadora do Espírito Santo em sua vida, o cristão em Cristo experimenta a libertação do poder da sua natureza pecaminosa e vive como um cristão espiritual.
Nem todo cristão se esforça como devia para vencer plenamente sua natureza pecaminisa. Ao escrever ao Coríntios, Paulo mostra em sua carta aquela igreja, que alguns deles viviam como carnais, isto é, ao invés de resistirem com firmeza às inclinações da sua natureza pecaminosa, entregavam-se a algumas delas (I Coríntios 3.1,3). Embora não vivessem em contínua desobediência, estavam em parceria com o mundo, a carne e o diabo em certas áreas das suas vidas, e mesmo assim querendo permanacer como povo de Deus. Ninguém poderá viver na imoralidade e ao mesmo tempo herdar o Reino de Deus. Os "injustos não hão de herdar o Reino de Deus". A salvação sem a obra regeneradora e santificadora do Espírito Santo não tem lugar na Palavra de Deus.
(1)Figura do crente carnal.
Embora os crentes de Corinto não vivesem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniquidade, que os separaria do Reino de Deus; estavam vivendo de tal maneira que já não cresciam na graça, e agiam como recem convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo. A carnalidade deles era vista na "inveja e contendas". Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja. Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os ministros do Senhor. Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões corriqueiras.
(2) Perigo para os crentes carnais.
Os crentes carnais de Corinto corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo e de se conformarem cada vez com o mundo. Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do Reino de Deus (I Co 6:9,10; 11:31,32). Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levam a isso.
(3) Advertências aos crentes carnais.
- Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus, ele corre o risco de abandonar a fé.
- Devem tomar como exemplo o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados.
- Devem entender que é impossível participar das coisas do Senhor e das coisas de satanás ao mesmo tempo.
- Devem separar-se completamente do mundo e se purificar de tudo quanto contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temor do Senhor.

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